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Comprámos o tempo

Dos temas de que mais falei aqui e no meu velhinho blog que está só e abandonado foi sobre a gestão do nosso orçamento sendo que só um trabalha efectivamente. Ou melhor, só um recebe efetivamente.  Não passamos dificuldades no sentido honesto da palavra. Para mim, no meu entendimento isso seria não ter o que comer, não conseguir pagar contas ao final do mês. Não ter roupa para vestir durante o frio. Não ter dinheiro para medicamentos. O resto é acessório. Ainda nos damos ao luxo de ter alguns luxos. Temos ajuda em casa, pagamos pelas escolas dos nossos filhos. Às vezes, muito menos do que gostaríamos, jantamos fora e fazemos uma escapadinha de duas noites, cá dentro, pelo menos uma vez por ano.  Fazemos férias de 3 semanas espalhadas pelos meses de verão e Setembro é o mês mais difícil do ano exactamente por isso.  Não há subsídios de férias nem de Natal. Não temos casa paga. Nem carro pago. Nem seguro de saúde pago.  Gerimos o dinheiro da melhor forma que conseguimo...

Fui correr.

Ontem às 06:10 das manhã o meu despertador tocou. Nunca pensei escolher acordar tão cedo mas a intenção era boa. Correr.  Ainda não sei verdadeiramente correr e estou a aprender.  Velocidade,  respiração,  gestão de esforço,  passada. Fui sozinha e fui o tempo todo a agradecer por viver neste país e nesta cidade que logo pela manhã é ainda mais incrível. Há muita gente a correr junto ao rio antes de ir trabalhar e até passou por mim um amigo,  na bisga, a quem lancei um meio sorriso,  envergonhada pela minha corrida de caracol. Mas tem que se começar por algum lado e eu adorava um dia conseguir participar numa competição oficial e chegar a uma meta, seja ela qual for. Ontem foram 5km. Felizes. E bons. Cheguei a casa cheia de energia e contente por ter vencido a preguiça.

Ter só um filho é canja!

Não gosto de me esquecer quando tinha "só" uma filha. O início foi o maior caos por que já passei, os sonos dela, contados ninguém acredita. Foi uma adaptação muito dura física e emocionalmente, mas a Leonor compensava tudo. Um bebé um bocadinho bicho do mato. Nunca me importei. Aliás respeito tanto a personalidade deles enquanto bebés (e crianças) que às vezes sou mal interpretada ou considerada galinha chata ou super protectora. Não me chateia. É como é. Quando ela começou a crescer as coisas tornaram-se mais fáceis. Ela sempre foi muito fácil, tirando o sono e não comer nada de especial, mas feliz, a amar a vida, sorridente. Hoje tenho três filhos e quando olho para trás, na vida que tínha(mos) só com um parece-me tão fácil. Mais tempo, menos logística, mais espontaneidade, mais orçamento. Ela andava connosco por todo o lado, deitava-se à meia noite se fosse preciso e comia de boião. Mas é só uma questão de perspectiva porque não foi fácil. O primeiro filho é dose....