Eu não gosto de birras.
Na verdade, às vezes as birras chateiam-me, incomodam-me e também me tiram do sério. Eu às vezes também as faço, por isso, tento compreender as birras dos meus filhos por mais que me apeteça mandar um berro e acabar logo com tudo o mais depressa possível.
Temos a sorte de, até agora, ter filhos cujas birras passam depressa. Não são de se atirar para o chão, nem de se demorar no choro, nos berros ou nas fitas.
Mas, às vezes, são muito intensas.
Cá em casa acontecem 90% das vezes quando eles estão cansados e muitas vezes esquecemo-nos que a culpa também é nossa. Deixamos passar a hora da sesta, fazemo-los gastar todas as energias possíveis e depois queremos que se sentem direitinhos à mesa ou vistam o pijama, ou vão para o banho no segundo em que queremos.
Temos alguns truques, quando temos capacidade de pensar antes de agir e de nos lembrarmos que eles nem à cintura nos chegam.
O Zé Maria faz algumas birras. A do cansaço, a do não quer comer, não quer calçar, quer ver um filme (sempre o mesmo), quer ser o primeiro em qualquer coisa, quer bolachas antes do jantar e continua...
Chora e às vezes bate. E é quando bate que é mais difícil parar para pensar. É nessas alturas em que é difícil pensar que as birras são próprias da idade e às vezes até nos dizem coisas importantes.
E por aí? Como reagem às birras dos vossos filhos? Se precisam de uma orientação e de umas dicas vejam aqui.
Ontem às 06:10 das manhã o meu despertador tocou. Nunca pensei escolher acordar tão cedo mas a intenção era boa. Correr. Ainda não sei verdadeiramente correr e estou a aprender. Velocidade, respiração, gestão de esforço, passada. Fui sozinha e fui o tempo todo a agradecer por viver neste país e nesta cidade que logo pela manhã é ainda mais incrível. Há muita gente a correr junto ao rio antes de ir trabalhar e até passou por mim um amigo, na bisga, a quem lancei um meio sorriso, envergonhada pela minha corrida de caracol. Mas tem que se começar por algum lado e eu adorava um dia conseguir participar numa competição oficial e chegar a uma meta, seja ela qual for. Ontem foram 5km. Felizes. E bons. Cheguei a casa cheia de energia e contente por ter vencido a preguiça.
Neste momento a minha filha mais velha, com quase dois anos e meio, está no auge das birras. Julgo que o facto de ter uma irmã de um mês está muito relacionado com isso.
ResponderEliminarConfesso que estou a ter alguma dificuldade em lidar com a situação principalmente quando ela grita muito algo e manda com os pratos de comida ao chão. Passo-me completamente. Por dentro, porque tento ao máximo controlar-me e fazer o que acho que é mais correto.
O que costumo fazer é dar-lhe uns dois minutos sozinha para se acalmar. tento não gritar com ela e não me zangar mas, às vezes, não me zangar é muito difícil. Explico-lhe que o seu comportamento não é adequado e que fico triste com ele. Reforço sempre que a adoro e vou adorar sempre mas que não vou tolerar as birras.
Enfim, o facto é que muitas vezes me sinto perdida e sem saber o que fazer. A única certeza que tenho é do que não devo fazer. Nunca, mas nunca, lhe bati (nem eu nem o pai) e isso é uma das poucas certezas que tenho em relação a birras . Estranhamente (ou não) muitas pessoas sentem-se chocadas quando explico que nunca bato à minha filha. Eu, fico chocada, por ver pessoas da minha idade a usar esse método com toda a tranquilidade. Falo mais sobre isso aqui: http://www.vinilepurpurina.com/2015/08/06/palmadas-educativas/