Nunca pensei que o meu terceiro filho tivesse perfil de filho único. Esta malandra continua a ser uma odisseia para adormecer. Deixar chorar no quarto sozinha não é comigo, nem sei como se faz, mas há dias que nem ao colo, nem no pano, nem ao seu lado, nem na maminha.
Depois a noite é em modo automático e acordo sem me lembrar nem querer saber como foi e o que aconteceu.
E é assim que eles nos levam.
Ontem às 06:10 das manhã o meu despertador tocou. Nunca pensei escolher acordar tão cedo mas a intenção era boa. Correr. Ainda não sei verdadeiramente correr e estou a aprender. Velocidade, respiração, gestão de esforço, passada. Fui sozinha e fui o tempo todo a agradecer por viver neste país e nesta cidade que logo pela manhã é ainda mais incrível. Há muita gente a correr junto ao rio antes de ir trabalhar e até passou por mim um amigo, na bisga, a quem lancei um meio sorriso, envergonhada pela minha corrida de caracol. Mas tem que se começar por algum lado e eu adorava um dia conseguir participar numa competição oficial e chegar a uma meta, seja ela qual for. Ontem foram 5km. Felizes. E bons. Cheguei a casa cheia de energia e contente por ter vencido a preguiça.
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