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A mostrar mensagens de abril, 2015

Quando nasce o segundo.

O primeiro filho vira-nos a vida de pernas para o ar, até que com o tempo, rotina e a prática que nunca faz perfeição, o mundo pareça exactamente como deve estar. A vida muda e se tudo o resto estiver bem, muda para melhor. Depois engravidamos outra vez, que felicidade. Mais um bebé. Quando engravidei do meu segundo filho, a Leonor tinha 2 anos e 7 meses. Olhando para trás, era um bebé. Já não me lembro quando lhe dissemos que ia ter um irmão e até acho que não dissemos, foi ouvindo. E quando soube que era rapaz contamos-lhe que ia ter um mano. Fui seguindo, porque pedi, os conselhos das minhas amigas com mais que um filho, li alguns artigos e soube das opiniões dos pediatras para a preparação da chegada de um irmão. Foi das coisas que mais me preocupou em toda a gravidez. Comprar um presente para o novo irmão dar, deixar que seja o irmão mais velho a mostrar a casa ao mais novo, envolver o mais velho em tudo, tentar não stressar , banalizar o assunto, não fazer disso

Para quem está na luta para engravidar.

É um tema de que não fala muito. Quem não consegue, ou tem dificuldade em ter filhos, não se sente compreendido e de facto não é, porque só quem passa por isso, sabe. Tenho muito respeito e mesmo orgulho por quem vive essa luta para ter um bebé. Imagino que seja muito duro, difícil e desesperante. E que às vezes já não haja esperança, vontade de continuar, ânimo. É por isso que partilho com todo o gosto a sessão de esclarecimento promovida pela  IVI - clínica de reprodução medicamente assistida. Esta clínica ajuda os casais a cumprirem o sonho de terem filhos com a ajuda das técnicas mais avançadas do mundo e promove agora uma conversa sobre tratamentos e sentimentos. À conversa no IVI é a primeira sessão de esclarecimento sobre Tratamentos de Reprodução Assistida, é dia 5 de Maios, às 19h00 na Avenida Infante D. Henrique e gratuito. Podem saber mais sobre tudo o que vai acontecer aqui . Nota: um beijinho especial a quem luta todos os dias e tem fé, e também para quem às

Afinal o grande teste da minha vida não são os filhos

Afinal o grande teste da minha vida não são os filhos. É o trânsito. Tenho o dia todo contado ao segundo para que as coisas fluam bem e a família esteja na generalidade bem disposta. Gastar um bocadinho de energias a arejar Google a comer um pau Vou com ele levar a mais velha e a ir e vir demoro uma hora. Fazemos este percurso 4 vezes ao dia, duas horas no carro. É cansativo mas já faz parte do nosso dia-a-dia e há de certeza quem passe o triplo do tempo no carro e no trânsito. Vamos geralmente a cantar e alterno a música dela com uma rúbrica sagrada da Rádio Comercial e toda a gente vai feliz. Ele vai em gestão de humor. Não adora o tempo todo que passa no carro e percebo-o perfeitamente. À vinda já chega com sono, passeamos o cão e deito-o. À terça feira é o único dia em que posso fazer o treino na rua porque tenho ajuda em casa mas hoje e nos próximos 4 meses as coisas vão mudar por causa de uma rua fechada, a Infante Santo (e outras) - ponto de passagem obrigatório

Um dois esquerdo direito

Quando tinha 18 anos tinha a mania (tinha muitas mas esta era uma delas) que gostava de fazer a tropa.  Tinha a certeza absoluta (mais uma característica da -minha-  adolescência) que ia passar na recruta com uma perna às costas.   Se calhar foi por isso que fui toda contente no Sábado à tarde para o treino FhitUnit da Sportslab mesmo estando a chover e frio. T-shirt Asics daqui O treino começou com algumas pingas mas rapidamente começou a chover como deve ser.  Percebi que queria continuar não tanto pelo espírito de sacrifício mas porque estava a adorar o cenário.  Era a minha tropa. Apesar do divertimento o que senti foi que a chuva me desconcentra um bocado,  primeiro porque a certa altura já não via nada,  depois porque só me ria.  O treino continuou até se tornar impossível e acabou um bocadinho mais cedo com muita pena minha mas não dava mesmo mais. Acabei feliz, encharcada, muito cansada e cheia de frio. Mas valeu muito a pena sair de casa um bocad

Logo hoje que não tenho provas! #Treino 10

O dia hoje foi comprido. O treino com a SportsLab foi adiado para a tarde e às 17:00 estava completamente exausta! A minha filha - que deve estar com uma virose qualquer estranha - tem tido febre mas só à noite, e por isso não vai à escola, mas está óptima graças a Deus. Ele está bom demais . Dei por mim a correr a casa a amparar as asneiras dos dois que parecem cada vez mais parceiros no crime. Deixei-os na sesta - achei eu - e fui para um treino completamente diferente. Fui correr. Eu e o aparelhómetro (relógio cardiofrequencímetro que mede a minha frequência cardíaca e que permite ver o meu nível de esforço e de recuperação). Corri o suficiente para se ter a noção destes valores, para me cansar e para mostrar como corro. Há todo um boato na minha família de que eu não sei correr. Lembro-me que o meu pai me dizia que corria aos saltinhos. Mas lá corri, pela primeira vez com uns ténis bons, e apesar de ter sido curto, talvez uns 2,5km, adorei. Tirando a parte em que com

A solidão de estar contigo.

Leonor Cresci a querer ser mãe. Fazia contas em papelinhos, jogos da agulha e imaginava quantos filhos teria, com que idade, os nomes. Sempre achei que esse s eria o grande papel da minha vida.  Tinha uma ideia idílica sobre ser mãe . Eu e o bebé, num quarto branco, numa cadeira de baloiço, música de fundo, um prato com queques e chá e o mundo inteiro feliz à minha volta. Tinha ideia de que nunca mais estaria sozinha assim que tivesse um filho. E nunca mais estive. Zé Maria Com muitas amigas a serem mães ao mesmo tempo que eu, apercebi-me da enorme solidão que é ter um recém nascido. Chorei muito no pós parto dos meus filhos mas nunca me senti deprimida mas algumas (muitas) vezes perdida, desorientada e ansiosa. Estive sempre feliz e tranquila quanto baste. Emocional, hormonal e tudo aquilo a que tinha direito. Os primeiros tempos  não queremos lá ninguém, mas não queremos estar sozinhas. Não queremos ajuda mas precisamos dela. Não queremos que os tirem da cama a d

Treino #9

O treino hoje foi lá fora. A manhã tinha sido caótica. Pouco tempo entre o sair de casa e o ter que estar de volta para passear o cão, deitar o meu filho, estar de pequeno almoço tomado e pronta para treinar. Só tomo o pequeno almoço depois de levar a minha filha à escola e regressar a casa. É péssimo, eu sei mas preciso de tomar o pequeno almoço sentada e sem pressas. O treino começou bem até que João - Sportslab -  me dizer que "já estava fácil". Para quem? Pensei eu... Esta t-shirt. que é perfeita para correr mas me acompanhou neste treino é Puma da In'OutSports Então, os tempos foram de exercício foram dificultados e intensificados. Fiz muito TRX e exercícios mais dinâmicos e senti-me mesmo bem apesar de absolutamente exausta. Sou completamente descoordenada e às vezes parece que nem contar sei. Troco o direito com o esquerdo, rio-me quando preciso de ter toda a força do mundo e sou naturalmente esquisita. Mas estou feliz por me sentir a superar-me a c

O fim de semana e a consciência alimentar

Almoço de sábado Acho que como cada vez melhor, embora - e um dia explico melhor isto - precise de aprender a compensar a proteína, que a carne que não como e o cada vez menos peixe, me dão.  Nos últimos anos,  muito porque fui mãe,  aliás porque fomos pais, a alimentação melhorou bastante lá por casa. Adoro legumes (beringela e courgette são os preferidos), absolutamente viciada em cogumelos - comia todos os dias, com e em tudo, fruta,  boas saladas cheias de coisas e boa sopa. Adoro massa mas não sou tão fã assim de arroz e no último ano tenho comido muito pouco, tanto um como outro. Tenho fases integrais mas não sempre e devia acrescentar mais hidratos na minha alimentação. Adoro noodles. A minha cozinha preferida, depois da nossa, claro, é a asiática.  O peixe escolhido é sem dúvida o atum e salmão só cru. Não gosto do sabor quando é cozinhado.  Carne não como. Adoro ovos de todas as maneiras e feitios e os menos preferidos são mexidos.  Um bom jantar para mim e

Treino #8 e a motivação

Quando comecei este projecto, há pouco mais de um mês tinha dois medos. Top desta loja espectacular In'OutSports Um de ser uma pessoa absolutamente normal que faz milhares de asneiras com a alimentação, que não é nem pretende ser perfeita ou um exemplo a seguir e que quer mudar a vida mas não mudar de vida , e isso tornar-me numa pessoa sem interesse para um blog e para um projecto que se tornou público. O meu outro medo era não ser capaz. Mais do que não ser capaz fisicamente, era ter preguiça, não me apetecer, arranjar desculpas para não treinar. Desistir. Depois há um clique que nos faz querer usar o esforço para nos sentirmos bem, é o sentimento de eu sou capaz, que é completamente recompensador. Esse clique é o que me falta muitas vezes quando tenho opção saudável e opção menos saudável para uma refeição e escolho a pior. Acho que é o grande problema de todas as mulheres e de todas as pessoas no geral que gostam de comer. Aquele segundo antes de asneirar. A emoçã

Sou mais filha agora, que sou mãe.

Sou filha dos meus pais há 35 anos. Sempre soube que gostavam de mim. Tinha poucas dúvidas tirando talvez uma ou outra fase na adolescência em que duvidei disso e de toda a existência universal. Os meus pais fizeram o melhor por mim e pelos meus irmãos. Umas vezes falharam , outras acertaram em cheio. Deram-me roupa, casa, comida, educação e mimo. E eu achei que era só isto. Não havia muito mais para além disto. Não havia muito mais do que o dia-a-dia da casa, da escola, dos banhos e dos jantares. Dos beijinhos de boa noite, dos castigos, das discussões porque esta casa está virada do avesso e passo o dia a arrumar as vossas coisas, das saídas à noite, dos cozinhados, de pôr a mesa, das férias, das Páscoas e Natais com a família, dos almoços de Domingo em casa das avós. Sabia que havia amor por ali. Sabia que faziam por mim. Mas ser filho é das coisas mais egoístas que já vi. Vamos estando. Mesmo quando somos bons filhos - há filhos muitos melhores e muito mais dedicados do que eu

Um mês de a Mãe já vai e tanta coisa para contar

Primeiro as boas (melhores) notícias. O resultado da biopsia aos meus sinais saiu e está tudo bem. Ufa! Depois agradecer os mais de 3 mil likes no Facebook e às quase  15 mil visitas num mês ao blogue. É incrível e estou muito agradecida. Tenho adorado esta experiência com a SportsLab e com quem me tem acompanhado, à minha vida semi caótica, aos treinos e à minha nova rotina. Se soubesse que era tão bom fazer exercício com frequência tinha começado antes. O que mudou neste mês foi a vontade de chegar mais longe e de começar rapidamente a ver diferenças e resultados em mim e a querer superar-me em cada treino. Descobri que nunca é tarde para olharmos para nós, reconhecermos as nossas "falhas" e bater o pé. O corpo merece que tratemos dele e a nossa auto estima também. É que se estamos bem connosco, estamos bem com os outros. No sábado o dia foi comprido e em família e no Domingo fui a mais um treino FhitUnit para emendar os estragos ( brigadeiros ). Durante o trei

Um minuto é uma eternidade.

Exausta. Feliz. Mais perto. Quando vejo os vídeos sinto-me sempre meio desengonçada e lenta mas quando estou no chão a fazer os exercícios sinto que estou a dar o tudo por tudo. E estou. É sempre estranho vermo-nos a fazer alguma coisa a que o nosso corpo não está habituado. Há algum constrangimento e até vergonha. Mas o importante é manter o espírito e pensar que se não passar por esta fase inicial nunca vou evoluir. Não nasci desportista nem fiz muito desporto em miúda, só ginásio quando andava na universidade -  máquinas e aulas, alguma natação mas nada muito prolongado no tempo. Joguei ténis em miúda mas o meu pai dizia que eu ligava mais aos kits, saias e ténis do que propriamente ao desporto. Depois nunca mais fiz nada até nascer a minha filha. Fui novamente para o ginásio mas durou pouco porque não conseguia arranjar tempo. Quando engravidei do meu filho estava a correr duas vezes por semana há um mês e parei. Há coisas que claramente não faço na perfeição ma