Há uma memória que nunca mais esqueci de um dos meus Natais. Devia ter uns 4/5 anos e passava como sempre o Natal em casa de uma tia, irmã do meu pai. O Pai Natal chegava à meia noite como todos os anos. Os meus pais e tios queriam encher a árvore e não havia meio de eu arredar pé da sala. Entretida a ver televisão conseguiram pôr todos os presentes debaixo da árvore sem que notasse. Quando me virei, já passava da meia noite. Acho que a partir desse dia, acreditando em Deus e no que o Natal verdadeiramente representa, nunca deixei de acreditar no Pai Natal e ainda hoje acredito e faço acreditar. Receber presentes se formos a ver não tem importância, o valor que acrescenta é relativo se formos sempre recebendo coisas. Porque as coisas têm a dimensão que cada um lhe dá. Mas não tenho vergonha de dizer que gosto quando sei que alguém me comprou/fez/criou um presente a pensar em mim. Recebi presentes ao longo da vida que nunca mais me esqueci. O meu pai deu-me o meu primeiro carro qua