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A mostrar mensagens de agosto, 2016

O choro dos bebés

Os bebés choram. É um facto irrefutável. Quando vêm parar às nossas mãos,  principalmente na primeira vez,  o choro pode ser muito assustador. Com a minha primeira filha, o choro significava uma quebra no sono - sempre atribulado dela - e por isso era como uma facada sempre que o ouvíamos. Íamos a medo, pé ante pé, a esperar que por milagre parasse. Tínhamos medo daquele choro. Não o reconhecemos durante algum tempo. "É sono? É fome? É sede? Calor?" Estávamos completamente às escuras. E ela não chorava muito. Aquele choro fez-nos duvidar muitas vezes. Vezes demais, sei hoje. O choro não é a primeira mensagem que o bebé nos envia. Às vezes é a última, em desespero já, e por isso é absolutamente natural que não sejamos capazes de interpretar logo, os sinais. Andamos às apalpadelas. Não reparamos que quando tem sono coça as orelhas, põe a mão no cabelo e quando tem gases mexe muito as pernas e quando tem um arroto tem um tique com a língua. O que me fui apercebendo com

9 semanas depois

A Luísa cresce de dia para dia. Está cada vez mais enturmada na família e a família nela. Já  começa a ser percebida para além de mim.  A Leonor nasceu para ser irmã dela.  Quer vestir-se de igual (o que não é fácil porque não têm nada igual), quer ajudar, cuidar, toma sempre as suas dores. Se a Luísa tem sono e não pode dormir,  se tem fome e tem que esperar um bocadinho, se espirra. Ela está lá,  a ser a irmã mais velha. O Zé Maria tem uma relação estranha e cómica. Podia jurar que 70% do dia não se lembra que tem uma irmã. A não ser quando pede colo e já está ocupado ou lhe apetece pentear (põe sempre a franja ao contrário), dar festinhas (muito rapidamente como se ela picasse) ou pegar nela num tempo máximo de 2 minutos e depois diz que "agora é a mãe " e vai à sua vida. A Luísa é um bebé incrivelmente feliz. Acorda e adormece a rir. Já dá gargalhadas principalmente quando está cansada e o riso se transforma em choro sem ela perceber bem como.... Ainda não acertám

Sei tudo sobre (os meus) bebés.

Ter 3 filhos não faz de mim uma entendida em bebés ou crianças. Cada filho é único,  com as suas formas, maneira de ser, o seu choro,  a razão do seu choro,  como dorme, como se expressa. Tudo. Eu, fui uma mãe para a minha primeira filha, outra mãe para o meu filho e novamente diferente para a terceira. Completamente às escuras para começar. A apalpar terreno e constantemente num ciclo de tentativa e erro. Deixei muita gente entrar. Precisei de ajuda a tentar compreender a minha filha mas poucas vezes o meu instinto esteve errado. Mas isso só percebi depois. Arrependo-me de alguma ignorância me ter impedido de fazer diferente mas foi como foi e foi uma enorme aprendizagem. Sempre com imenso amor. O primeiro grande amor. Depois mais confiante, segui caminho. Ele, um bebé mais fácil, aliás muito fácil, deu-me certezas, muito mais do que dúvidas, tirando algumas iniciais. Deixei menos gente entrar e bati o pé mais vezes com mais treino de ser mãe,  mais capacitada para os sinais que

Que a vida vos sorria e vocês para a vida.

Já vos escrevi muitas cartas. Umas no papel. Outras para mim. Outras que vos li. Alto. Enquanto vivíamos. Esta é uma carta escrita. Quero pedir-vos desculpa. Tudo o que sou vocês também são.  Tudo o que faço vocês também farão. Às vezes espero que me sigam os passos, outras rezo para que não. Nessas vezes espero que me reconheçam os erros e que não me admirem sempre. Como parece que fazem. Ficam já a saber que não sou perfeita,  com certeza já repararam. Nem a vossa casa. Só as minhas intenções. Tento ser o melhor que sou, sempre. E muitas vezes fico aquém. Tantas vezes. Não sou má pessoa, mas podia ser melhor. Às vezes estou triste e vocês notam.  Outras, estou imensamente feliz e não me faço notar. Devia rir-me mais para fora e mais alto para que me vissem feliz. Devia estar triste longe de vocês. Devia dar mais pulos de alegria pelo que tenho e fazer notar menos as minhas frustrações. Devia fingir mais vezes a realidade e pintar-vos o mundo cor de rosa. Porque ele às veze

Os meus filhos são exigentes porque eu sou parva.

Estamos de férias. Estamos mais ou menos de férias à espera que o pai tenha férias para irmos todos de férias a sério. Porque temos um recém nascido as férias são passadas como se pode. Todos os dias penso no que posso fazer para que se entretenham,  gastem energia, sejam felizes. Se não fazemos nada vou para a cama à chorar que sou a pior mãe de sempre e que as recordações deles vão ser do Disney Chanel em Agosto e da mãe a dar de mamar. Eles, acordam a dizer: eu quero. Quero Chocapic.  Quero água. Quero aquele livro. Quero ver desenhos animados. Quero este vestido. Quero ir ao jardim.  Quero isto quero aquilo quero tudo e quero coisas que nem sei por que quero mas vou querer à mesma só porque sim. Lá vamos ao jardim e umas vezes estão em modo aventureiro e não se dá por eles e no outro em modo eu quero colo. Quero que a mãe empurre. Quero água. Quero subir para ali. A necessidade de os entreter - porque sou parva - torna-os seres humanos exigentes ao mais alto nível. É que t

7 semanas

Veio abalar isto tudo. Testou-me logo de início e há-de continuar, como os irmãos, à medida que vai crescendo. Ainda não há padrão no que faz e no que é.  Umas noites são boas, outras nem por isso. Mas não é um bebé que chore o que ajuda. Já está profissional a mamar e isso já acertámos as duas. Ri-se com som para as pessoas e para as coisas. Está a descobrir as mãos (gigantes) e os dedos do pés não têm meio termo. Ou para dentro ou completamente esticados. Tem um olhar bom como o pai e assim a espero. Às vezes bolsa. Tem gases. E nem sempre faz cocó sozinha. Gosta de dormir no meu colo de barriga para baixo. Ressona quando dorme muito bem. Ainda tem o reflexo com os braços de quem não entende o espaço. Deixou de gostar de estar apertada no swaddle e não descansa enquanto não se solta. Adormece em segundos no pano e fazia dele a sua cama, se pudesse. É um bebé querido demais que me fez apaixonar no primeiro segundo. Passo muito tempo a amá-la mesmo quando não está necessariamente b

7 semanas

Veio abalar isto tudo. Testou-me logo de início e há-de continuar, como os irmãos, à medida que vai crescendo. Ainda não há padrão no que faz e no que é.  Umas noites são boas, outras nem por isso. Mas não é um bebé que chore o que ajuda. Já está profissional a mamar e isso já acertámos as duas. Ri-se com som para as pessoas e para as coisas. Está a descobrir as mãos (gigantes) e os dedos do pés não têm meio termo. Ou para dentro ou completamente esticados. Tem um olhar bom como o pai e assim a espero. Às vezes bolsa. Tem gases. E nem sempre faz cocó sozinha. Gosta de dormir no meu colo de barriga para baixo. Ressona quando dorme muito bem. Ainda tem o reflexo com os braços de quem não entende o espaço. Deixou de gostar de estar apertada no swaddle e não descansa enquanto não se solta. Adormece em segundos no pano e fazia dele a sua cama, se pudesse. É um bebé querido demais que me fez apaixonar no primeiro segundo. Passo muito tempo a amá-la mesmo quando não está necessariamente b

Cheirinho a bebé

Ela continua  com aquele cheirinho bom de bebé que quem já pegou num recém nascido reconhece. Gosto de o manter o máximo de tempo possível mas não resisto a outro cheirinho de bebé que para mim é típico dos meus filhos. Só estou a usar dois produtos neste momento que a Mustela nos ofereceu pelo nascimento da Luísa. A água de limpeza é o primeiro cheirinho deles depois do próprio cheiro e que sempre usei. O outro, é o Linimento que só fiquei a conhecer agora é estou fã. Sem cheiro e com uma textura óptima para a pele deles.  É com ele e compressas que mudo a fralda em casa e fora. 99% de ingredientes de origem natural. Sem perfumes,  sem parabenos, sem conservantes é uma óptima alternativa às toalhitas e que sai mais em conta (Uma embalagem de 400 ml  custa à volta de 15€ e dura uma eternidade). 100 compressas custam menos de 2€. É ideal para os primeiros tempos em que os cocós se limpam num instante e a pele deles merece todo o cuidado. Estou fã.

Lidar com birras. ...

Eu não gosto de birras. Na verdade, às vezes as birras chateiam-me, incomodam-me e também me tiram do sério. Eu às vezes também as faço, por isso, tento compreender as birras dos meus filhos por mais que me apeteça mandar um berro e acabar logo com tudo o mais depressa possível. Temos a sorte de, até agora, ter filhos cujas birras passam depressa. Não são de se atirar para o chão, nem de se demorar no choro, nos berros ou nas fitas. Mas, às vezes, são muito intensas. Cá em casa acontecem 90% das vezes quando eles estão cansados e muitas vezes esquecemo-nos que a culpa também é nossa. Deixamos passar a hora da sesta, fazemo-los gastar todas as energias possíveis e depois queremos que se sentem direitinhos à mesa ou vistam o pijama, ou vão para o banho no segundo em que queremos. Temos alguns truques, quando temos capacidade de pensar antes de agir e de nos lembrarmos que eles nem à cintura nos chegam. O Zé Maria faz algumas birras. A do cansaço, a do não quer comer, não quer calça

Gestão.

Em todas as casas há uma obrigação permanente. A gestão. Gerimos tempo. Finanças. Logística.  Espaço. O casamento. Os filhos. Gerimos birras.  Gerimos atenção. Arrumações. Férias. Escolas. Trabalho. Essa gestão a certa altura torna-se um faz parte a que damos pouca importância e que se torna natural e da rotina. Depois surge qualquer coisa que a abala. Um acerto de contas. Uma fase difícil de um filho. Uma dificuldade no casamento. O nascimento de um bebé . E é quando nasce um filho que mais testo a minha capacidade de gestão. Gerir o bebé e tudo o que isso implica,  gerir os outros filhos e tudo o que isso implica,  gerir as mudanças por fora e por dentro,  gerir os tempos que se alteram. Gerir sentimentos. Gerir a casa.  Gerir o facto de que temos que deixar que giram por nós. Os meus primeiros tempos de mãe desta terceira filha têm sido uma gestão constante. Minha, do meu marido e da família que nos tem ajudado. Eu, tento gerir os dias com eles em modo férias sem praia nem gra