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A mostrar mensagens de outubro, 2016

Amanhã faço 37 anos.

Não gosto especialmente de fazer anos. São dias que me causam muita expectativa. Uns dias antes começo a imaginar como será,  uns meses antes defino metas para este dia 30 e falho-as inúmeras vezes. Não aprendo com os erros e todos os anos repito na minha cabeça: onde é que eu gostava de estar aos 30. Aos 31, 32 ....... Aos 37. O meu percurso não é exactamente o que sonhei, nem como imaginei. Não vejo mal em assumir que a minha vida à minha volta é muito boa, longe da perfeição mas nada me falta porque nada nos falta mas pessoalmente imaginei diferente. Quis ser bailarina, veterinária, escritora, pediatra. Cheguei aos 18 anos já sem estes sonhos e sem nada de concreto. Não era boa a nada de especial. Era má,  muito má com números e boa nas letras mas sem certezas. Fui parar à faculdade de Letras onde estive 2 anos a frequentar Estudos Africanos quando o que queria era Língua e Cultura Portuguesa mas sem média,  deixei-me ficar. Um dia apercebi-me do meu erro e mudei para o Iad

O meu antes. O meu depois.

Estou com mais 6 quilos do que tinha quando engravidei da Luísa. 6 quilos que em mim fazem muita diferença. A barriga, as pernas e a cara estão muito diferentes e apesar de não estar propriamente com excesso de peso estou muito distante do meu peso ideal. Há exactamente dois anos estava na minha melhor forma.  Hoje estou claramente na pior. São 6 quilos que não são nada e facilmente se perdem mas esse facilmente não está nada fácil. Tenho a certeza que eu sou como a maioria das mulheres que precisa de perder uns quilos. Começa na segunda. Os primeiros três dias correm de forma exemplar. Ao final da semana é um pãozinho aqui e uma bolacha ali que se tenta compensar até chegar o fim de semana e se estragar tudo. E depois é segunda outra vez e se há 10 anos o peso se perdia num espirro, hoje só à custa de muito esforço. Quem está em casa, tem acesso permanente ao que a casa tem e se há, come-se. Quem está fora tem a dificuldade de fazer todas as refeições certinhas. Depois há o ma

As mães dos bebés que não dormem.

Tive os dois mundos. Uma filha que não dormia. Tinha alguma facilidade em adormecer e muita dificuldade em dormir algum tempo seguido. Um filho que sempre precisou de dormir e adormecia com muita facilidade. Mas o sono deles hoje, já mais crescidos permanece muito semelhante ao seu sono de bebés. O da Leonor com interrupções, pesadelos, é um sono muito agitado. O dele é directo. Nem um som desde o momento em que se deita até ao momento em que acorda. As sestas duram 4 horas se o deixarmos. Se nos dois houve influência nossa ? Talvez. Andávamos aos papeis na primeira, mais confiantes no segundo. E a terceira? Não seria de esperar que já viesse ensinada? Que dormisse que nem um anjinho,  que não se importasse com barulho, que ferrasse em qualquer canto. É claramente isso que é esperado dela. Mas ela não é assim. Às vezes sinto que tenho que a desculpar. Ou a mim. Quando nasceu a Luísa tinha muitos gases. Durante um mês e meio só dormiu bem de barriga para baixo e de barriga pa

Quem é que te mandou ter filhos?

Não vale a pena falar do trabalho que dá ter filhos. Um é dose, dois vamos ao engano a pensar que somos uns experts da coisa, três é a conta que Deus fez e quem cria um ou dois não vai notar diferença. Mais ou menos. As rotinas que já estavam todas alinhadas vão à vida e o que um bebé tem de bom tem também de destabilizador. Mas a parte física aguenta-se, a parte emocional adapta-se. A parte financeira é absolutamente tramada. Apercebi-me disso agora mesmo. Chegou o frio e eles cresceram e esta mistura com 3 filhos é explosiva. Casacos de inverno, sapatos, malhas, calças. Vezes três é um tornado. Ver tudo do ano passado a rezar para que alguma coisa ainda caiba, correr capelinhas na família e herdar dos primos, contar com ajuda dos avós que caem do céu e oferecem o essencial ou o fundamental. Vestir 3 filhos foi para mim a grande chapada financeira desde que nasceu a Luísa. As roupas são caras mesmo quando são baratas. As vacinas são outra. O eterno dilema dentro e fora do p

3 para 1

Não há milagres. A Luísa tem 3 meses e meio. Passa o dia a rir mas não é um especial anjo a dormir durante o dia e por ser óptima de noite não me atrevo a queixar. Por dia são 2 horas a ir levar e buscar.  Entre o trânsito e a logística de levar 2 filhos com 3 no carro. Depois é a casa e as obrigações normais mesmo com uma ajuda 3 vezes por semana num total de 9 horas que me salva a vida e a sanidade. Depois é o final do dia. Sozinha com eles. Antes de os ir buscar bebo o meu primeiro e único café do dia e lá vou eu. A escola normalmente corre bem e eles vêm felizes e cansados no carro a falar e só se calam quando se deitam. Há as birras do Zé Maria que normalmente atingem o pico máximo antes do banho. Há um puzzle que se vai modificando conforme os dias.  Em horas, em métodos,  em rotinas. Quando às vezes olho para o cenário das 6 da tarde percebo perfeitamente que a Luísa escolha o pano para dormir.  É o salve-se quem puder e ela tem ali uma bóia de salvação. Esperta. Os

Baptizado da Luísa

Emociono-me sempre no baptizado dos meus filhos. É a primeira grande decisão que tomamos por eles. Confiantes de que seguem um caminho mas com coração aberto para que sejam livres nas suas vidas. Tal como somos na nossa relação com a Igreja e com Deus. A história do vestido com rendas com mais de 300 anos, padrinhos escolhidos a dedo, um padre novo novo a estrear-se nos baptizados com a nossa Luísa, ela feliz e sempre com um sorriso, os manos tão orgulhosos e a casa cheia, de família. Funcionamos muito à base do cada um leva . E se não fosse assim, acho que não conseguia. Pratos de plástico para as 15 crianças, lombo no forno, mousse e está feita a festa. Os miúdos estavam lindos e também na roupa deles tive sorte por ter uma irmã com filhos com idades tão próximas. Comprei as meias e nada mais. A Luísa portou-se lindamente,  calminha na igreja, choramingou no final e adormeceu ao colo no caminho  (a pé) para casa. Dormiu umas duas horas depois disso no vestido de baptizado e

Aprender, fazer e comer

Não é todos os dias que se aprende a fazer bombons e brigadeiros. Não sou má de todo na cozinha mas doces não é comigo.  Sou das que pede salada de fruta nos restaurantes e no máximo come uma mousse. Não sei fazer um bolo perfeito e resumem-se a duas tentativas: laranja e chocolate. Mas há coisas que adoro e dificilmente resisto. Chocolate, gelados, brigadeiros.... Hoje aprendi a temperar chocolate e a fazer bombons com a espantosa Chocolatier venezuelana Fernanda De La Rosa e os melhores brigadeiros do país com a talentosa Carmo Carneiro de Almeida. Os workshops começam amanhã. Custam 30€ e trazemos para casa o que fazemos o que me parece perfeito se (por acaso nesse dia) derem um jantar em casa. No final do workshop bebe-se um café, trocam- se dois dedos de conversa e come-se. Coisas doces e boas. As inscrições são feitas pelo email atelier@pontocondensado.com