- então? Como é que foi a escola? Depois desta pergunta há várias hipóteses. O filho que começa a debitar informação até mais não, aquele a quem tem que se arrancar a ferros meias palavras e o que diz o suficiente para satisfazer a curiosidade dos pais. Todos os dias tento sacar informação e saber o que se passa nas suas vidas. E no seu coração. Insisto conforme o seu estado de espírito. Se vejo que estão tristes preocupa-me saber o porquê. Se estão felizes quero saber - também - o que os faz sorrir. O que mais me assusta no entanto é o silêncio. Que tento respeitar mas que me angustia porque fico dependente da minha perspicácia, do meu sexto sentido, do meu instinto e da minha sensibilidade. E não gosto de depender só de mim para os ler. Tenho medo que me escape aqui e ali e que do nada rebentem bombas. Primeiro as pequeninas dos primeiros anos. Depois as outras. A Mãe só gosta do mano! A Mãe nunca brinca comigo. A Mãe nunca me leva a lado nenhum. A Mãe não me ouve. A Mãe é má.