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A mostrar mensagens de janeiro, 2017

Cozinhar para todos - uma aventura!

Não sou muito organizada na cozinha. Os miúdos são esquisitos demais para a minha imaginação. E a nossa casa é um bocadinho confusa em termos de alimentação. Para começar eu não como carne. Depois, os horários do meu marido são pouco católicos e por isso ele não janta com os miúdos e eu espero por ele para jantar. Depois, a Luísa ainda não come o mesmo do que nós. Está instalado o caos. Ao fim de semana paramos pouco em casa e faz-se aquilo que há mas normalmente isto parece um restaurante. O que eu como, o que come o meu marido, o que os miúdos mais velhos comem, a sopa da Luísa. A Yãmmi juntou-se a mim neste caos alimentar numa tentativa de me ajudar. Mudar é impossível. O meu marido vai sempre chegar tarde e eu provavelmente não vou voltar a comer carne, Por isso a ideia é facilitar-me a vida. Numa parceria com a marca vou tentar mostrar-vos em que medida este robot me facilita a vida. Ainda a estou a estudar mas já fiz manteiga de amendoim, várias sopas, fruta batida que

Como fazer caber 3 filhos no banco de trás

O nosso antigo carro estava a ficar velhinho e sempre com problemas que a chegada da Luísa foi apenas um pretexto para trocar. Vimos um sem número de carros e fizemos mil e um test drive's, coisa que não adoro porque percebo tanto de carros como de sistemas hidráulicos mas lá escolhemos. Em função da mala, de gastar pouco, de cabermos todos, do preço. Este post não é obviamente sobre carros mas sobre o maior problema em escolher um carro quando temos filhos. As cadeiras.  3 filhos ainda em idade de usar cadeiras,  a segurança deles, o conforto e a mobilidade. As  cadeiras até podem caber mas depois é preciso ter espaço para prender o cinto. Temos que conseguir tirar o que vai no no meio quando deixo na escola sem ter que obrigar a  malta toda sair.  Finalmente conseguimos. Trocámos duas das 3 cadeiras que tínhamos. Medições e experiências e voilá(!), problema resolvido. (Quando o Zé Maria chegar aos 15 quilos mudamos também a dele e ficam todos ainda mais à la

No meu tempo

No meu tempo não havia nada do que há agora, nem telefone nem televisão nem acesso a viagens para fora do país nem preocupações ambientais (shame on you) nem internet nem televisão por cabo nem televisão nem fast food. Os bebés dormiam toda a noite, comiam logo carne de porco, todas as frutas e vegetais ao mesmo tempo e não havia isto de "introdução aos sólidos". No meu tempo dava-se logo sumo de laranja açúcar na chucha sopas de cavalo cansado e leite de vaca aos 3 meses. Não havia depressões pós parto, nem dificuldades em gerir o tempo, o casamento, os filhos, as escolas, a casa. No meu tempo ninguém se queixava, fazia-se e pronto. Não havia dramas nem estas coisas que há hoje. O co sleeping o baby led weaning o mindfullness o wraping o babywearing o método canguru a parentalidade positiva a parentalidade consciente a preparação para o parto a recuperação pós parto. No meu tempo o bebé ficava a chorar. A certa altura parava e não havia mais problemas. No meu tempo não

Time out

É difícil falar sobre isto sem parecer que me estou a queixar e porque na verdade até estou mas a realidade é que é proibido a uma mãe cuja única ocupação sejam os seus filhos queixar-se porque é um privilégio que muitas mulheres e também homens desejam para a sua vida. Acontece que às vezes nos queixamos do nosso trabalho mesmo que seja tudo aquilo com que sempre sonhámos. Dias mais difíceis, o resto do mundo, problemas familiares, ordenado fraquinho, poucas férias, um mau patrão... Nada é perfeito. E as pessoas queixam-se. Faz parte. Em 2011, grávida da Leonor a agência onde trabalhava, fechou, e fiquei com uma barriga, um papel de desemprego na mão e portas fechadas devido à minha condição . Este é o resumo. Desde 2011 que estou em casa e desde 2011 que não tenho férias no verdadeiro sentido da palavra e conto pelos dedos os dias em que estive sem filhos. Talvez no máximo um fim de semana. O dinheiro vai sendo preciso para outras coisas, as férias obrigatoriamente têm que ser pen

O meu filho do meio

Ontem, depois de um vídeo que fiz, percebemos - pai e mãe - que o nosso filho do meio deixou de ser um bebé. Sinto sempre isso nesta idade e não sou de ficar triste por os ver crescer. É bom. Mas há qualquer coisa de absolutamente injusto em ser o filho do meio. Principalmente um filho do meio tão pequenino. Há 6 meses o Zé Maria,  com dois anos e 3 meses deixou de ser bebé. O colo que ele ocupava com toda a propriedade recebeu outro bebé muito mais pequenino que ele e obrigatoriamente teve que ceder o seu lugar. O colo da mãe passou a ser ainda mais à vez. A Luísa, que acordada é o bebé mais fácil do mundo, precisa do colo da mãe para adormecer e essa simples característica dela altera a minha forma de ser mãe do meu filho do meio. Ele precisa de colo também,  de mimo também e de mãe só para ele também. Às vezes não há opção senão pedir-lhe 5 minutos, fazê-lo esperar a vez, distraí-lo com outra coisa. Não há vez em que o faça esperar sem um sentimento de culpa enorme. É que c