Era a primeira vez. Um bebé ao meu colo. Meu. O meu primeiro instinto depois de a abraçar e de lhe dar todos os beijinhos possíveis foi de lhe dar de mamar. Nem pensei. Tive a sorte de não ter ninguém a falar-me de possíveis dores más pegas mastites leite a subir. Não pensei. Lembro-me que a enfermeira se aproximou de mim nesse momento para me ajudar, e depois se afastou e disse: já está. Ela nasceu ensinada. Tive sorte. Era a primeira vez. Um bebé ao meu colo. Que chorava, não muito mas chorava. Que não fechava os olhos por muito tempo, que me fazia duvidar de todas as minhas capacidades como mãe e de todas as nossas capacidades como pais. Nem um nem outro acertávamos. Tão depressa aprendeu como se tornou dependente de mim para tudo. Comia de duas em duas horas e fê-lo até aos sete meses. Foi a partir desse momento que passei a confundir a fome com o sono com o mimo com o querer a mãe com o conforto e a estar ali para ela. Era a primeira vez. Não precisava de saber os