Só temos noção do quanto os nossos pais nos amam quando os nossos filhos nascem. Até lá andamos sempre meios à deriva sem compreender bem este amor. Parece-nos exagerado. De tal maneira, que a certa altura do nosso crescimento acreditamos piamente que os nossos pais nos odeiam e é recíproco, também os odiamos sem sabermos nada sobre amor, ou sobre ódio. Quando os nossos nascem entramos numa fase de redenção/compensação em que compreendemos absolutamente tudo aquilo por que os nossos pais passaram? Como pagavam as escolas? Como faziam férias de um mês? Como é que conseguiam gerir mais filhos, trabalhar exactamente o mesmo ou mais e receber ainda menos? Os nossos filhos nascem e o nosso objectivo de vida passa a ser o seu bem estar e o constante minimizar do nosso sentimento de culpa. Que nos acompanha, sabe-se lá porquê, até porque somos uma geração absurdamente mais consciente do que a dos nossos pais. Não mais preocupada mas mais consciente. Porque trabalhamos, porque não trabalh