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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2017

Debaixo da asa

Não saiam daqui. Não é o lugar mais seguro do mundo mas é aqui que vos vejo, vos amparo, vos protejo. Não é o lugar onde não se magoam não ficam tristes não se desiludem mas é onde eu vos mimo vos amparo vos amo para que se sintam melhor. Não saiam daqui para vos ver de perto à lupa,  para vos ver ao longe, livres. Para vos ver crescer. Para vos ensinar aquilo em que acredito e que quero que decorem e para vos decorar, a vocês, um a um em cada centímetro. Cabem aqui, neste gancho, desde o primeiro dia e vão cabendo, todos e todos os dias. Neste espaço que é vosso.  Tenham paciência comigo por vos querer debaixo da asa e se não souber disfarçar. Se fingir que não me importo quando me surpreendem com a vossa independência apesar desse vosso tamanho minúsculo.  Estou sempre a dizer-vos para irem. Quero-vos a voar mais alto do que eu. Salta! Tem coragem! Sem vergonha! Vai em frente! Não tenhas medo! És capaz! És forte! És inteligente! És bom... E são, e vão, e saltam. E eu, q

Família

Já não me lembro de ter "só" dois filhos e um parece que foi noutra vida. Quando um deles não está todos estranham mesmo que seja por (muito) pouco tempo. E isso é tão bom. #atéamanhã #thankgodforboba

Uma hora sozinha

Quem está em casa com os filhos não descansa nunca a cabeça da casa, das arrumações, dos próprios  filhos. Quem trabalha todo o dia mais ainda. Tem dois trabalhos. Arranjar tempo para sermos só nós parece não ter tanta importância assim. Mas tem. Hoje vou estar uma hora sozinha. E vou aproveitá-la bem. Porque não me faz só bem a mim e disso tenho a certeza.

Vou ser pai

Na realidade, tudo começa com um “vais ser pai”. Ao contrario das mães, nós pais não sabemos. Dizem-nos. Recebi a notícia, da Leonor, do Zé Maria e da Luísa com surpresa, apreensão, alívio e orgulho. Todos com imensa alegria. Em todas as vezes que a MariAna me disse que estava grávida soube que ia ser pai, já era pai. Mas a realidade só se instala uns tempos depois. Senti-me sempre atrasado umas semanas (às vezes meses) em relação à MariAna, talvez por não ter a barriga a relembrar-me, a mentalizar-me, a transformar-me.   Esse atraso trazia uma culpa mal disfarçada, como se durante a gravidez fosse um pai de segunda e a MariAna uma mãe de primeira. Felizmente tive uns empurrões que me faziam recuperar o atraso. Ouvir o coração pela primeira vez, em alta voz, é o melhor reality check de todos. Sinto sempre que eles me estavam a dizer quase só para mim: “estou vivo”. Ainda assim, descontando os empurrões, o meu papel na gravidez não é ser pai, é ser marido. Minimiza

A festa do Zé Maria

O Zé Maria nasceu exactamente às 40 semanas. Não tenho palavras para descrever o parto dele. E deve ser absolutamente impossível nos anos dos nossos filhos não nos lembrarmos do dia em que nascem. Era enorme. Comprido. Loiro. Chorou tão pouco. Assim que veio para o meu colo calou-se e não me lembro de quando voltou a chorar nas horas seguintes. Depois do recobro fomos os dois na cama com rodas até ao nosso quarto e o meu orgulho era patético.  Orgulho em mim. Orgulho nele. Estivemos num namoro mágico durante dois dias. Eu não tinha dores eu não tinha medo eu só tinha amor e um bebé absolutamente incrível. (E muitas saudades da Leonor é verdade) O Zé Maria veio ao mundo logo a dar-me lições. Que não só é possível como é incrível amar um segundo filho. Por ele soube que com o terceiro iria ser exactamente igual. Que não há preferências e nem sequer afinidades.  Metade da sua vida passou comigo em casa. Feliz..Sempre feliz a explorar a cair a tropeçar a partir os dentes (1

O que fariam hoje se começassem de novo?

À medida que vou tendo filhos vou aprendendo. E ainda bem. Olhando para trás sinto que fui ignorante em relação a muitas coisas. Dei suplemento à Leonor com 17 dias porque à minha volta todos me diziam que tinha fome. Ao Zé Maria deixei de dar de mamar no dia em que ele começou a comer. Por ignorância, porque achei que estava na hora e não houve um  processo, foi literalmente de um dia para o outro. Com a Luísa estou a redimir-me e embora ache que os filhos crescem bem seja de que forma for, tenho objectivos pessoais com eles e no que diz respeito aos seus tempos. O tempo de mamar, o tempo de experimentar, o tempo de comer açúcar, chocolate e outras coisas boas... Com as frutas é exatamente a mesma coisa. Cada uma a seu tempo. Mas o que é inevitável é que um dia entrem cá em casa as “Frutas bebé”. É assim que eles chamam às tacinhas e às saquetas da Blédina que há sempre e desde sempre cá em casa. A Luísa ainda não experimentou apesar de já poder mas não deve tardar muito. Confio n

A primeira receita - Lulas com molho de mostarda

Já fiz inúmeras experiências na  Yämmi    e estou completamente fã. E se é verdade que é simples, rápido e eficaz também é verdade que a uso entre banhos e pijamas e nos intervalos das rotinas diárias. Tirar fotografias é mais complicado mas assim que fizer dela parte da rotina vai tornar-se mais fácil. Resolvi fazer lulas e arroz para começar e correu muito bem. Muito simples e está pronto em cerca de 35 minutos o que me parece muito bom tendo em conta o prato. Os meus filhos são um bocado esquisitos mas gostam de lulas por isso resolvi experimentar e foi um sucesso. Esqueci-me de comprar alho mas usem do "verdadeiro"! Não tinha formas de alumínio por isso o que fiz foi pôr o arroz numa panela pequenina na bandeja e ficou maravilhoso. Se tiverem sugestões ou receitas que gostasse que fizesse digam!  E espero que gostem!  Receita no livro: página 267 Receita no site aqui . Post escrito em parceria publicitária com a  Yämmi .

Ter só um filho é canja!

Não gosto de me esquecer quando tinha "só" uma filha. O início foi o maior caos por que já passei, os sonos dela, contados ninguém acredita. Foi uma adaptação muito dura física e emocionalmente, mas a Leonor compensava tudo. Um bebé um bocadinho bicho do mato. Nunca me importei. Aliás respeito tanto a personalidade deles enquanto bebés (e crianças) que às vezes sou mal interpretada ou considerada galinha chata ou super protectora. Não me chateia. É como é. Quando ela começou a crescer as coisas tornaram-se mais fáceis. Ela sempre foi muito fácil, tirando o sono e não comer nada de especial, mas feliz, a amar a vida, sorridente. Hoje tenho três filhos e quando olho para trás, na vida que tínha(mos) só com um parece-me tão fácil. Mais tempo, menos logística, mais espontaneidade, mais orçamento. Ela andava connosco por todo o lado, deitava-se à meia noite se fosse preciso e comia de boião. Mas é só uma questão de perspectiva porque não foi fácil. O primeiro filho é dose.