Avançar para o conteúdo principal

Parti a cabeça ao 5 e aos 35


                        


Quando eu digo que tudo me acontece tudo me acontece mesmo. 

O contexto é ridículo e a história resume-se a ter atirado com a minha testa para uma prateleira, tentando evitar que o meu filho invadisse uma sala onde estava a decorrer uma reunião, na escola da minha filha. 

Como a fui buscar ao recreio, fomos à sala só buscar os brinquedos que levou de manhã por isso estávamos só os três. 

Atirei-me para o chão, confesso que não sei o que fiz ao meu filho no entretanto, a ver estrelas e comecei imediatamente a sentir o sangue na cara e a vê-lo nas mãos. A Leonor a olhar para mim e eu a tentar manter a calma e a pedir-lhe para ir chamar alguém. 

Ouço-a ao longe: - Pode vir aqui que a minha mãe magoou-se? 

Quando ela voltou com ajuda, 5 segundos depois já tinha mais sangue e ela começou a ficar nervosa. 
A minha vontade na altura era chorar e desmaiar sinceramente e não sou fiteira. 
Estava branca e cheia de dores, literalmente a ver estrelas. Disse-lhe que estava óptima, que tinha dado uma turra e que já ia passar. Fingi com quantos dentes tenho que estava perfeita de saúde. Entretanto levaram-na com muita calma para que não estivesse ali a ver-me mal. Fui ao Centro de Enfermagem, não precisei de pontos e estou bem. 

Fiquei orgulhosa da minha filha, que até ir para a cama falou algumas vezes no sangue, mas que foi uma valente. Se ela não estivesse lá eu teria chorado até ao desmaio. Mas por ela fiz um esforço, que até foi bom para mim, a todos os níveis.

É impressionante como o nosso instinto nos manda defender sempre os nossos filhos. De coisas que os possam magoar, afligir, de coisas que possam não compreender, de coisas que temos medo que fiquem a pensar ou que tenham pesadelos à noite.

Defendemos sempre os nossos filhos e quando essa defesa exige de nós um grande esforço, isso só nos torna mais fortes. Afinal, quem ensina quem?

Comentários

Mensagens populares deste blogue

23 semanas (e um dia)

Passaram 15 dias desde a última actualização e tudo está maior. Eu no geral e também a minha barriga. Fizemos a ecografia morfológica e é impossível a Luísa estar mais saudável e mais enérgica. Durante toda a ecografia não parou e mostrou-se em toda a sua beleza. A médica disse que ela grande e gordinha. Está do tamanho de uma papaia, com cerca de 550 gramas e quase 30 cm! Comigo também está tudo óptimo e não há sinais de parto prematuro - que temos sempre em conta uma vez que no início tive um descolamento. Não tenho azia, nem dores no corpo, nem de cabeça e só ao final do dia, quando me sento, é que sinto o peso todo do dia ali mesmo no sofá. A fase em que estou é óptima porque ainda me mexo e durmo bem, apesar de estar com o sono muito mais leve. Mas de longe esta é a gravidez que mais me está a custar. Primeiro porque não estou mais nova, depois porque - e este é o grande motivo - tenho um filho que ainda quer colo e a quem ainda lho quero quero dar, e muito. E brincar, e correr...

Quem é amiga?

Todas as famílias passam por isto. Escolher as refeições. No meu grupo de amigas, passamos a vida a pedir ideias sobre o que cozinhar. Para a família, para os amigos, para um jantar especial. As ideias para a semana Mas o mais difícil é mesmo a organização da semana, cozinhar para a casa, coisas boas, que todos gostem e ir às compras a contar com isso tudo. Se a semana estiver organizada, a lista das refeições feita, então não há como não correr tudo melhor. Cá em casa é sempre como calha. Normalmente vou às compras à segunda feira - para mercearia, talho e afins e a fruta e legumes vou comprando ao longo da semana- Já aprendi que à segunda feira não é bom. Penso de cabeça o que vou fazer e compro na hora. Mas a quantidade de vezes que vou ao supermercado é uma perda de tempo e consequentemente de dinheiro. As receitas. Duas por cada dia Eis que surge A IDEIA. E não estaria a escrever isto se não fosse mesmo a ideia mais espectacular que vi nos últimos tempos. Chama-se ...

sair para descansar e não descansar

Quando crescemos, a maior parte de nós, que tem uma vida normal e um trabalho normal e uma rotina normal deixa de sentir adrenalina. E quando a voltamos a sentir, relembramos os tempos da adolescência em que fazíamos coisas parvas para termos este gozo que só algumas coisas nos dão. Estávamos todos a precisar de sair de Lisboa. É que Lisboa é linda mas cansa e mesmo que com filhos nunca se descanse, sair da (nossa) cidade é por si só um enorme descanso. O Aquashow Hotel teve a gentileza de convidar esta família de 5 para um fim de semana e nós, aproveitámo-lo bem. O Hotel é todo ele simpático e animado. Toda a gente é simpática, no restaurante, na recepção, no bar. E isso é logo meio caminho andado para nos sentirmos bem. Os quartos são óptimos e ficámos muito confortáveis uma vez que o nosso quarto era familiar com dois quartos independentes com uma porta comunicante. Varanda espectacular com vista para a piscina. O pequeno almoço é para todos os gostos e há de tudo e deu ...