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Medo de ser mãe. Outra vez.

Sei que sou boa mãe.
Que faço o melhor pelos meus filhos e que às vezes estou cansada ou tenho preguiça mas sou boa mãe. À minha maneira, mas é a minha maneira que eles conhecem e acredito que não a trocassem por outra.
Era uma boa mãe quando tinha apenas uma filha.
Era mais stressada, mais contida, mais preventiva. Tinha um medo redondo de falhar e aceitava o que me diziam sem pestanejar desde que tivessem ou mais idade ou mais filhos que eu.
Também sou uma boa mãe de dois. Que tenta dosear atenções e distribuir amor em igual parte, sendo que isso deixa de existir a certa altura. A atenção, quer se queira quer não divide-se mesmo que o amor se multiplique e este clichet nos caia bem na alma, para nos descansar.
É matematicamente impossível que dois filhos tenham a mesma atenção que um, e que três a mesma que dois. Acontecem mudanças. Todas lógicas.
Acredito que vou ser uma boa mãe de três. Uma mãe que provavelmente para lhes compensar retirará, mais ainda, do seu próprio tempo ou que o seu tempo se torne diferente e que às vezes se desligue mesmo quando ainda ali está.
Tenho medo de ser mãe de três como tive medo de ser de dois e como tive (mais ainda) de ser mãe pela primeira vez. Mesmo sabendo que tudo vai correr bem. Mesmo sabendo que me ajuda ter uma consciência que às vezes se confunde com outros sentimentos nada reais. Não me atormenta a ideia de três filhos, não me angustia, só me dá sentimentos bons. O meu medo é o medo fútil que facilmente é ultrapassado pela prática e pelo tempo. Da logística, dos tempos, do espaço, do dinheiro, da roupa. E depois de tudo aquilo que é inevitável. A atenção. Que de tudo aquilo que tenho, que temos, é onde mais me quero centrar, sabendo da matemática, da lógica, da estatística e de todas as ciências que me dizem que vai ser mais difícil, vai ser mais a correr, vai ser mais caótico mas vai ser imensamente melhor.

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