Avançar para o conteúdo principal

Sei tudo sobre (os meus) bebés.

Ter 3 filhos não faz de mim uma entendida em bebés ou crianças. Cada filho é único,  com as suas formas, maneira de ser, o seu choro,  a razão do seu choro,  como dorme, como se expressa. Tudo.
Eu, fui uma mãe para a minha primeira filha, outra mãe para o meu filho e novamente diferente para a terceira.
Completamente às escuras para começar. A apalpar terreno e constantemente num ciclo de tentativa e erro.
Deixei muita gente entrar. Precisei de ajuda a tentar compreender a minha filha mas poucas vezes o meu instinto esteve errado. Mas isso só percebi depois. Arrependo-me de alguma ignorância me ter impedido de fazer diferente mas foi como foi e foi uma enorme aprendizagem. Sempre com imenso amor. O primeiro grande amor.
Depois mais confiante, segui caminho. Ele, um bebé mais fácil, aliás muito fácil, deu-me certezas, muito mais do que dúvidas, tirando algumas iniciais. Deixei menos gente entrar e bati o pé mais vezes com mais treino de ser mãe,  mais capacitada para os sinais que eles dão e que quer se queira quer não, só as mães entendem.
À terceira,  o sentimento é muito diferente. Por um lado uma filha que não é nem tão difícil como a primeira nem tão fácil como o segundo, por outro, a experiência do terceiro filho e um grande mix de sentimentos.
Cada vez mais  me apercebo do poder de uma  mãe.
Nem um pediatra é capaz de ler os sinais de forma tão exacta e imediata como uma mãe consegue. Em segundos.
Isto é sono.
Basta uma mão a tocar no cabelo....
Esta é a minha filha mais animal. A que tenho mais perto de mim,  a que mama mais e quando quer sem grandes preocupações, a que dorme ao colo - ele nunca gostou - a que sinto proteger de forma mais primária. Quase animal.
Talvez porque me fui aproximado, à medida de cada filho da essência da maternidade,  que vem da natureza,  que nos está na essência. Talvez porque aliado a isso está a certeza da última gravidez,  ultimo colo pequenino,  última amamentação.
Depois porque sei mais hoje.
Mas saberei sempre mais acerca dos meus e só dos meus. A minha experiência só se vê neles, com eles.
Não sei nada sobre o bebé da minha amiga. É dela. Mesmo que seja o seu primeiro bebé.
Este meu sentimento de posse, de protecção da minha cria é não só natural, como meu. Não se partilha.
Para cada filho,  há uma mãe. Uma voz, um colo.
Não se pode entrar no mundo da mãe e do seu filho,  é um mundo só deles, que começa em recém nascido e é só a mãe que existe para o seu bebé e com o tempo se vai abrindo,  devagar aos outros.  Ao pai, aos irmãos,  ao resto da família,  à sociedade e ao mundo.
O instinto da maternidade existe entre mãe e filho,  fora disso,  são meros palpites.
Quando todas as mulheres compreenderem isto haverá menos dúvidas e mães mais confiantes, se calhar mães mais ligadas aos seus bebés,  sem medo.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

23 semanas (e um dia)

Passaram 15 dias desde a última actualização e tudo está maior. Eu no geral e também a minha barriga. Fizemos a ecografia morfológica e é impossível a Luísa estar mais saudável e mais enérgica. Durante toda a ecografia não parou e mostrou-se em toda a sua beleza. A médica disse que ela grande e gordinha. Está do tamanho de uma papaia, com cerca de 550 gramas e quase 30 cm! Comigo também está tudo óptimo e não há sinais de parto prematuro - que temos sempre em conta uma vez que no início tive um descolamento. Não tenho azia, nem dores no corpo, nem de cabeça e só ao final do dia, quando me sento, é que sinto o peso todo do dia ali mesmo no sofá. A fase em que estou é óptima porque ainda me mexo e durmo bem, apesar de estar com o sono muito mais leve. Mas de longe esta é a gravidez que mais me está a custar. Primeiro porque não estou mais nova, depois porque - e este é o grande motivo - tenho um filho que ainda quer colo e a quem ainda lho quero quero dar, e muito. E brincar, e correr...

Quem é amiga?

Todas as famílias passam por isto. Escolher as refeições. No meu grupo de amigas, passamos a vida a pedir ideias sobre o que cozinhar. Para a família, para os amigos, para um jantar especial. As ideias para a semana Mas o mais difícil é mesmo a organização da semana, cozinhar para a casa, coisas boas, que todos gostem e ir às compras a contar com isso tudo. Se a semana estiver organizada, a lista das refeições feita, então não há como não correr tudo melhor. Cá em casa é sempre como calha. Normalmente vou às compras à segunda feira - para mercearia, talho e afins e a fruta e legumes vou comprando ao longo da semana- Já aprendi que à segunda feira não é bom. Penso de cabeça o que vou fazer e compro na hora. Mas a quantidade de vezes que vou ao supermercado é uma perda de tempo e consequentemente de dinheiro. As receitas. Duas por cada dia Eis que surge A IDEIA. E não estaria a escrever isto se não fosse mesmo a ideia mais espectacular que vi nos últimos tempos. Chama-se ...

sair para descansar e não descansar

Quando crescemos, a maior parte de nós, que tem uma vida normal e um trabalho normal e uma rotina normal deixa de sentir adrenalina. E quando a voltamos a sentir, relembramos os tempos da adolescência em que fazíamos coisas parvas para termos este gozo que só algumas coisas nos dão. Estávamos todos a precisar de sair de Lisboa. É que Lisboa é linda mas cansa e mesmo que com filhos nunca se descanse, sair da (nossa) cidade é por si só um enorme descanso. O Aquashow Hotel teve a gentileza de convidar esta família de 5 para um fim de semana e nós, aproveitámo-lo bem. O Hotel é todo ele simpático e animado. Toda a gente é simpática, no restaurante, na recepção, no bar. E isso é logo meio caminho andado para nos sentirmos bem. Os quartos são óptimos e ficámos muito confortáveis uma vez que o nosso quarto era familiar com dois quartos independentes com uma porta comunicante. Varanda espectacular com vista para a piscina. O pequeno almoço é para todos os gostos e há de tudo e deu ...