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O meu antes. O meu depois.

Estou com mais 6 quilos do que tinha quando engravidei da Luísa.
6 quilos que em mim fazem muita diferença. A barriga, as pernas e a cara estão muito diferentes e apesar de não estar propriamente com excesso de peso estou muito distante do meu peso ideal.
Há exactamente dois anos estava na minha melhor forma.  Hoje estou claramente na pior.
São 6 quilos que não são nada e facilmente se perdem mas esse facilmente não está nada fácil.
Tenho a certeza que eu sou como a maioria das mulheres que precisa de perder uns quilos.
Começa na segunda. Os primeiros três dias correm de forma exemplar. Ao final da semana é um pãozinho aqui e uma bolacha ali que se tenta compensar até chegar o fim de semana e se estragar tudo. E depois é segunda outra vez e se há 10 anos o peso se perdia num espirro, hoje só à custa de muito esforço.
Quem está em casa, tem acesso permanente ao que a casa tem e se há, come-se. Quem está fora tem a dificuldade de fazer todas as refeições certinhas.
Depois há o mais importante a meu ver. A nossa relação com a comida. 
Porque é que se come?
Cansaço,  tristeza, frustrações, alegria, sentido de merecimento, festejos.
Quem come emocionalmente tem uma guerra constante com a comida. Come num dia sim e come num dia não.
Como é que se passa a ver a comida como um alimento e não como uma almofada?
Acho que como bem 80% das vezes e gosto muito de comer bem mas as minhas taras são precisamente o que me engorda. Principalmente o pão.
O exercício que fez parte da minha vida há um ano e meio ausentou-se e ainda não ganhei coragem para o encaixar na minha vida. Não lhe chamo preguiça porque se em casa tudo estivesse alinhado estaria a correr e a perder estes quilos num instante. Estaria com quem me treinou e a ganhar os músculos que preciso.
O meu corpo é uma prioridade? É. Claro que é. Tem que ser. Tenho que estar bem para garantir o meu futuro como mulher do meu marido e mãe dos meus filhos.
Mas se eles estão acima de tudo? Claramente.
Quero muito ganhar coragem para deixar que se faça o clique na minha relação com a comida - ver fotografias ajuda - e quero muito que os ventos abrandem em casa, as sestas se repitam nas horas e nos dias e que se possam fazer planos.
O meu plano agora é apenas de controlo. Controlar o peso, a casa, o espírito.
O resto logo se vê.

Comentários

  1. O pão, sempre o pão.
    Para mim é sempre o pão que me lixa a dieta. :P
    Dediquei um texto inteiro ao pão: http://www.vinilepurpurina.com/2016/10/11/das-coisas-me-lixa-dieta-pao/

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  2. Adorei ler ! Estou a passar pelo mesmo e sou mãe de uma menina só! Mas esteve difícil encaixar o exercício físico, coisa que fazia parte da minha vida antes de ela existir e agora passado 20 meses consegui retomar. Mad como entendo as suas palavras.... um beijinho e força para nós! Tem uma família linda 😘

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  3. A minha 3a filha tem agora 13 meses. Voltei ao peso que tinha mas o corpo não fica igual. Flacidez, celulite, e pior, falta de dedicação a mim.
    A minha filha ainda mama e eu perco-me nela, em querer aproveitar ao maximo o meu ultimo bebé. Depois também tenho os irmão que precisam tb muito da mãe.
    Eu vou ficando para ultimo lugar.

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  4. Maria Ana
    Por aqui é só uma filha mas foi uma gravidez de abusos e tenho a mais também 6 kg ( vá na verdade são 10). Só qd me perguntaram se ia ser menino ou menina (já tinha sido o parto há 8 meses) é que me olhei ao espelho. Barriga grande, cara bolachuda, de legggins e casaco grande (coisa que nunca vesti). Decidi retomar a dieta e tentar encaixar o exercício. Espero conseguir.
    (Mas olhe que é bonita assim)

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