Caio sempre no mesmo erro.
Primeiro olho para o que tenho e começo a agradecer pelas mil coisas que me sobram. O meu marido, os meus filhos, a minha família com mais ou menos desencontros. A nossa saúde.
Depois olho à minha volta. Que importância tenho na vida dos outros. Significo para alguém? E os que nos estão mais próximos não contam para a equação. Sei que sou importante para o meu marido, para os meus filhos. Mas e o resto das pessoas que me rodeiam? Faço diferença?
Depois tenho saudades dos que faltam, e penso neles até às lágrimas.
A minha bisavó que me deu a poesia, a minha avó que sempre me deu mantas e sacos de água quente a fazer lembrar o Natal, a minha prima mais velha que me/nos deixou cedo demais.
É inevitável. Faz parte do balanço. Dos 12 meses. Pensar no que foi bom. No que foi mau. No que é obrigatório mudar.
Olho para mim também. Talvez antes de olhar para tudo o resto. Umas vezes desculpo as minhas falhas, outras não me perdoo. E falho muito. E culpo-me e desculpo-me mais. É no Natal que mais me apercebo das falhas da vida, das desilusões por ser uma época absurdamente emotiva. Também é por isso que não me esqueço de agradecer e de abraçar os que amo e me amam e os que gostam que faça parte das suas vidas, tal como eu.
Passaram 15 dias desde a última actualização e tudo está maior. Eu no geral e também a minha barriga. Fizemos a ecografia morfológica e é impossível a Luísa estar mais saudável e mais enérgica. Durante toda a ecografia não parou e mostrou-se em toda a sua beleza. A médica disse que ela grande e gordinha. Está do tamanho de uma papaia, com cerca de 550 gramas e quase 30 cm! Comigo também está tudo óptimo e não há sinais de parto prematuro - que temos sempre em conta uma vez que no início tive um descolamento. Não tenho azia, nem dores no corpo, nem de cabeça e só ao final do dia, quando me sento, é que sinto o peso todo do dia ali mesmo no sofá. A fase em que estou é óptima porque ainda me mexo e durmo bem, apesar de estar com o sono muito mais leve. Mas de longe esta é a gravidez que mais me está a custar. Primeiro porque não estou mais nova, depois porque - e este é o grande motivo - tenho um filho que ainda quer colo e a quem ainda lho quero quero dar, e muito. E brincar, e correr...

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