Há sempre inúmeras modas a decorrer. Às vezes são tantas que se atropelam e se misturam e também se contradizem.
As da comida. As da roupa, maquilhagem. Dos destinos de férias. Das escolas. Da educação. Dos nomes dos filhos. Do exercício físico. Às vezes não são modas ou são tendências. Indiferente para a questão.
Cada vez mais as mulheres e neste caso específico as mães procuram outras mulheres com que se identifquem. É muitas vezes isso que as faz aceitar alguma coisa em relação a elas mesmas ou ao que se passa em suas casas. É uma forma de nos sentirmos menos sozinhas, de sermos de certa forma validadas, se houver alguém por aí igual a nós.
Os blogues passaram a abrir o jogo e as mães a tornar-se menos perfeitas. Aliás, ter defeitos ou assumir a dureza das coisas aproximou as mães. O cenário idílico passou a estar mais longínquo e a ser muito menos realístico. Já não acreditamos que os miúdos não se sujem. Que andem sempre arranjadinhos. Que não comam com as mãos. Que não façam birras e que nos obedeçam constantemente. Já não acreditamos em casamentos perfeitos e mãos dadas constantes e sorrisos permanentes. Nem em pais perfeitos que não gritem que não percam a paciência que não desejem férias mais vezes do que admitem.
Já não acreditamos em muita coisa e é essa descrença que nos faz sentir normais.
Deve haver por aí pessoas perfeitas e casamentos perfeitos e tudo impecável, mas sei que não é, nem de perto nem de longe, a regra.
Só mostramos - blogger ou não blogger - aquilo que queremos e ninguém mostra tudo bom e ninguém mostra tudo mau. Porque a vida, felizmente não é assim. Acredito no equilíbrio.
Também acredito na hierarquia das coisas. O mais importante primeiro. Seja bom ou seja mau.
A maternidade não deve ser sofrida. Antes pelo contrário. Quanto mais leve melhor. Mas não se faz de perna às costas. Dá trabalho. Também não é de perna às costas que se recupera de um parto. Que se amamenta. Que se gere uma família.
A pressão da maternidade começa em nós. Mães. Quando a maternidade se banaliza ao ponto de tudo parecer fácil e das prioridades se misturarem. Quando queremos recuperar de um parto em menos de um mês. Vestir as mesmas calças. Gerir a mesma casa. Gerir uma família maior. Um casamento diferente. Quando queremos que de um dia para o outro as coisas estejam exactamente como eram.
Quando mostramos que tudo está igual.
Nada está igual. Os filhos mudam o nosso corpo o nosso espírito e a nossa vida. Aceitar que o caminho é difícil não torna o resultado menos perfeito, apenas mais verdadeiro.
Passaram 15 dias desde a última actualização e tudo está maior. Eu no geral e também a minha barriga. Fizemos a ecografia morfológica e é impossível a Luísa estar mais saudável e mais enérgica. Durante toda a ecografia não parou e mostrou-se em toda a sua beleza. A médica disse que ela grande e gordinha. Está do tamanho de uma papaia, com cerca de 550 gramas e quase 30 cm! Comigo também está tudo óptimo e não há sinais de parto prematuro - que temos sempre em conta uma vez que no início tive um descolamento. Não tenho azia, nem dores no corpo, nem de cabeça e só ao final do dia, quando me sento, é que sinto o peso todo do dia ali mesmo no sofá. A fase em que estou é óptima porque ainda me mexo e durmo bem, apesar de estar com o sono muito mais leve. Mas de longe esta é a gravidez que mais me está a custar. Primeiro porque não estou mais nova, depois porque - e este é o grande motivo - tenho um filho que ainda quer colo e a quem ainda lho quero quero dar, e muito. E brincar, e correr...
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