Quando era pequenina não havia cá de responder ao pai ou à mãe. Aos avós então nem se falava. As brincadeiras eram contidas e o respeitinho "é bom e eu gosto".
Não levantava a voz, não desafiava. A distância entre mim e os adultos era colossal. Com tudo o que isso tem de mau, porque tem, ensinou-me uma das lições mais importantes e que todos os dias transmito aos meus filhos. O respeito pelos mais velhos.
Mas também lhes ensino uma coisa ainda mais importante, o respeito que devem ter, sempre, por si mesmos.
No outro dia, à espera que um parque abrisse disse à minha filha mais velha, 6 anos, que fosse perguntar ao senhor, o responsável do parque quanto tempo faltava. Ela correu até ele e aos saltos para lhe chegar à altura e aos ouvidos dizia: desculpe senhor! Quando abre o parque? Mas a insistência de uma criança não chegou ao coração do senhor que a ignorou completamente.
Ao longe gritei para que voltasse, que o senhor era mal educado.
Mais velho que ela, mais velho que eu, mal educado.
- mãe, porque é que ele não me respondeu? Fingiu que eu não estava ali...
- não sei querida, é parvo. Foi até onde chegou a minha capacidade didática.
Dentro do mesmo parque, já lá dentro, estavam vários grupos escolares em colónias de férias. Não foi numa grande cidade e por isso sei que as realidades não são todas iguais, ainda assim chocou-me a falta de respeito - para dizer o mínimo - das professoras/educadoras para com os miúdos.
"És burro?", "Queres que te faça um desenho?", puxões, castigos sem nexo, gritos. O tom constante dos gritos.
Repito, sei que as realidades não são todas iguais mas é por todo o lado que ouço os adultos queixar-se que "isto já não é como dantes" e que "agora é tudo uma grande falta de respeito".
Pergunto como é que era antes?
Como é que ensino um filho a ter sempre respeito e educação para com uma pessoa mais velha se eles vêem, todos os dias, essas mesmas pessoas a portarem-se pior que um miúdo?
Primeiro não sou perfeita e depois não me posso ter tanto em conta para acreditar que eu, o pai e o núcleo duro da vida deles vamos ser os únicos exemplos de adultos à sua volta. E os que eles vêem na rua, se cruzam no autocarro, a quem pedem um gelado, a quem vão entregar uma coisa que caiu?
Quando não têm resposta, um obrigado, um olhar amigo, quando não há nada do lado adulto o que posso exigir à minha criança?
A vida às vezes azeda-nos. Há problemas. Tristezas, realidades inacreditáveis mas não se deixa de olhar nos olhos de um miúdo. Ganha-se o mundo sempre que o fazemos.
Passaram 15 dias desde a última actualização e tudo está maior. Eu no geral e também a minha barriga. Fizemos a ecografia morfológica e é impossível a Luísa estar mais saudável e mais enérgica. Durante toda a ecografia não parou e mostrou-se em toda a sua beleza. A médica disse que ela grande e gordinha. Está do tamanho de uma papaia, com cerca de 550 gramas e quase 30 cm! Comigo também está tudo óptimo e não há sinais de parto prematuro - que temos sempre em conta uma vez que no início tive um descolamento. Não tenho azia, nem dores no corpo, nem de cabeça e só ao final do dia, quando me sento, é que sinto o peso todo do dia ali mesmo no sofá. A fase em que estou é óptima porque ainda me mexo e durmo bem, apesar de estar com o sono muito mais leve. Mas de longe esta é a gravidez que mais me está a custar. Primeiro porque não estou mais nova, depois porque - e este é o grande motivo - tenho um filho que ainda quer colo e a quem ainda lho quero quero dar, e muito. E brincar, e correr...
Nice post,
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